O sistema de difusão representa a parte terminal e visível de uma instalação de engenharia de climatização, sendo determinante para o sucesso da instalação.
Vai influenciar a percepção do ocupante sobre o seu conforto (sensação de calor ou de frio) e na qualidade do ar interior.
A difusão do ar irá extrair os poluentes e contribuir para um ambiente saudável.
Há que considerar, ainda, a difusão como parte integrante de um investimento a longo prazo pois influencia o consumo de energia do edifício. Portanto, o sistema utilizado para difundir o ar preparado numa central ou numa unidade terminal de climatização deve ser alvo de uma criteriosa selecção.
Em arrefecimento, é necessário evitar que o jato de ar diminua prematuramente na área de ocupação e gere desconforto.
A razão deste facto incide em velocidades do ar demasiado elevadas e uma diferença de temperatura entre o jacto do ar e o ar ambiente demasiado pronunciada.
Quando uma parede exterior gera correntes de convecção, existe o risco de o jato de ar ser atingido por essas correntes e descer até à área de ocupação, podendo ocasionar correntes de ar e a heterogeneidade das temperaturas na área ocupada.
Será, então, necessário seleccionar um alcance igual a 70% do comprimento do local (correntes de convecção: correntes de ar geradas por uma diferença de densidade do ar em determinada zona).
Os difusores de teto geram um jato radial que adere facilmente ao teto (efeito de Coanda) e encontram-se especialmente adaptados a projetos com exigências de arrefecimento.
Os difusores têm uma taxa de indução elevada, por isso, a mistura entre o ar insuflado e o ar ambiente é a indicada para o conforto na zona de ocupação. No Inverno, a entrada de ar quente pelos difusores de teto a jato de ar radial produz uma estratificação de temperatura na parte superior do espaço, com ar frio próximo do solo.
Portanto, são necessários difusores de teto de jato de ar regulável para obter um jato de ar vertical no Inverno e um jato de ar radial com o efeito Coanda no Verão.
Os difusores lineares têm uma taxa de indução mais elevada do que as grelhas de parede, tendo uma maior capacidade de arrefecimento. É importante obter um efeito Coanda na área ocupada e o difusor deve ser concebido para ter um jato de ar horizontal.
A selecção do alcance deverá ser igual ao comprimento do espaço + 1 a 2 m. Quando o difusor linear se encontra situado próximo de uma parede exterior vidrada, é possível dirigir uma fenda em direcção ao vidro para prevenir a corrente de convecção criada pela carga térmica exterior.
Conduta porosa (1ª imagem): são fabricadas com tecido poroso, cuja permeabilidade será definida consoante o caudal e o comprimento. As condutas porosas propagam o ar a uma velocidade muito reduzida. Por isso, estas são utilizadas apenas em arrefecimento, difundindo o ar de forma homogénea em todo o espaço.
Conduta de fendas (2ª imagem): são fabricadas em tecido estanque. As fendas laterais, em todo o seu comprimento, permitem propagar o ar. São utilizadas para o arrefecimento e aquecimento em locais de pé direito reduzido (< 5 m). A largura e ângulo das fendas permitem controlar o alcance e a velocidade residual.
Conduta de indução (3ª imagem): as aberturas que se encontram no tecido estanque vão criar o efeito de indução. O ar insuflado a alta velocidade induz uma parte do ar ambiente, o que provoca uma homogeneização correcta das temperaturas. Esta caraterística previne, deste modo, o risco de estratificação. As condutas de indução são utilizadas para arrefecimento e aquecimento dos locais de pé direito elevado, com grande variação de tempo.
A difusão por jato de ar turbulento pode ser aplicada em qualquer tipo de espaço, mas recomenda-se particularmente para os casos seguintes:
- Aquecimento de locais com pé direito elevado;
- Arrefecimento de locais do sector terciário com variações de tempo elevadas ou obstáculos no jato do ar.
O jato de ar turbulento, combinado com uma velocidade de projeção elevada, cria um efeito de indução: o ar insuflado, ao arrastar o ar ambiente, vai misturar com este último.
O sistema de difusão de baixa velocidade baseia-se na seguinte lei: «o ar quente, mais leve do que o ar frio (ou ambiente) tem tendência a subir». O ar frio (ou arrefecido) é difundido à altura do solo, na zona de ocupação.
Em contacto com fontes de calor (pessoas, máquinas), volta a aquecer e sobe até à parte mais alta do local. A difusão de ar é efectuada directamente na zona a tratar, comvelocidade reduzida (0,2 a 0,4 m/s) e a uma temperatura ligeiramente inferior à temperatura da zona de ocupação.
Os sistemas de ventilação destinam-se, sobretudo, a assegurar a qualidade do ar interior, a fornecer aos aparelhos de combustão ar novo, a evacuar os produtos de combustão e, em alguns casos, a proteger a habitação e/ou os seus ocupantes de um possível incêndio.
- Esta ventilação deve de ser feita em permanência e minimizando os consumos energéticos evita também a ocorrência de bolores, fungos e microrganismos.
- O ar novo deve de ser admitido em todos os compartimentos principais (quartos e salas) e extraído pelos compartimentos de serviço (cozinhas e WC).
Ventilação Mecânica:
- Um destes sistemas é o descrito na NP 1037-2, conhecido por simples fluxo.
- O ar é extraído por meios mecânicos nos compartimentos principais e entra na habitação através de entradas de ar colocadas nas paredes exteriores dos compartimentos principais.
Ventilação Híbrida:
- Nestes sistemas a ventilação natural coabita com a ventilação mecânica.
- Encontra-se em construção uma norma que vai tratar deste tipo de situações.
Ventilação Natural:
- Estes sistemas estão descritos na NP 1037-1 onde o ar se movimenta pela acção do vento ou por efeitos térmicos.
- O cumprimento dos requisitos da NP 1037-1 possibilita que a taxa de renovação horária de 0,6 renovações por hora seja considerada para fins de verificação regulamentar.
- A existência de um exaustor de cozinha inviabiliza o cumprimento integral da norma.
- A ventilação natural é tida em conta para a determinação das perdas de energia.
A correta mediação entre as exigências de climatizar com baixo consumo e as necessidades de conforto dos seus ocupantes é o atual desafio nos projectos para escritórios.
A instalação de ventilação com o objectivo de combater a poluição nos locais de trabalho, reduzindo os poluentes nefastos ao ser humano para um nível o mais baixo possível.
O impressionante nível de desenvolvimento dos diferentes espaços comerciais deu origem as novas exigências nos seus projectos de climatização: constantes reorganização dos interiores, novos conceitos de acolhimento ao cliente, otimização dos espaços.
Desta forma, as necessidades atuais recentram-se em sistemas de manutenção simples, em instalações de prazos reduzidos e controlo de custos.
A instalação de ventilação com o objectivo de combater a poluição nos locais de trabalho, reduzindo os poluentes nefastos ao ser humano para um nível o mais baixo possível.
As cozinhas profissionais são das zonas, num edifício, com os consumos de energia mais elevados, com taxas de renovação muitas vezes superiores a 100 vol/h.
A ventilação, que ocupa, geralmente, uma posição cimeira nos consumos de energia, deverá ser, então o principal foco de redução dos custos de funcionamento de uma cozinha.
A recuperação de energia disponível no ar extraído é um procedimento completo mas de elevada eficácia.
Os sistemas de recuperação devem ter em conta esta complexidade, integrando permutadores adaptados ao caudal de ar característico da extração de cozinhas - carregado de partículas de gordura – e sistemas de manutenção de consumo energético reduzido.
As exigências de elevados níveis de qualidade de ar interior e de redução do consumo energético são os dois eixos fundamentais nos projectos de construção e renovação de edifícios.